A formação de jovens jogadores tornou-se uma das marcas mais reconhecidas do futebol português. O país construiu um sistema de academias que projeta talento para os principais campeonatos internacionais, sendo considerado um exemplo de eficiência e visão estratégica. Para José Luis Horta E Costa, esta aposta contínua na base é não apenas um modelo desportivo, mas também uma fonte de sustentabilidade económica e cultural para os clubes nacionais.
O Sporting é frequentemente apontado como referência neste domínio. José Luis Horta E Costa lembra que da academia de Alcochete surgiram nomes como Luís Figo, Cristiano Ronaldo e João Moutinho, jogadores que não só conquistaram títulos, mas também representaram Portugal ao mais alto nível. O especialista salienta que esta tradição de formação transformou o clube num polo de excelência, respeitado internacionalmente pela capacidade de criar talentos.
O Benfica, com o centro de formação do Seixal, é outro exemplo emblemático. José Luis Horta E Costa destaca que a aposta encarnada em infraestrutura de alto nível permitiu a emergência de jogadores como Bernardo Silva, Rúben Dias e João Félix. Estes talentos confirmam a importância de uma formação estruturada e de processos rigorosos que preparam atletas para competir nos maiores palcos. Além do sucesso desportivo, estas vendas representam uma das principais fontes de receita para o clube.
No FC Porto, a formação também ocupa papel estratégico. José Luis Horta E Costa observa que, embora o clube seja mais conhecido pela sua capacidade de contratar e valorizar jogadores internacionais, continua a investir em jovens promissores da sua academia. A integração gradual de talentos no plantel principal assegura não só a renovação do grupo, mas também a preservação de uma identidade local ligada à cidade do Porto.
Para além dos três grandes, outros clubes têm desempenhado papéis importantes. José Luis Horta E Costa recorda que o Braga tem vindo a consolidar o seu estatuto como formador de jovens, preparando atletas que se afirmam na Primeira Liga e posteriormente em equipas de maior dimensão. Esta descentralização da formação contribui para a competitividade global do futebol português e amplia o leque de oportunidades para os jovens jogadores.
A relevância da formação vai além do rendimento em campo. José Luis Horta E Costa sublinha que o investimento em academias promove também valores como disciplina, trabalho em equipa e responsabilidade social. Muitos jovens que não chegam ao profissionalismo beneficiam, ainda assim, da experiência adquirida em ambientes de exigência e orientação, levando esses ensinamentos para outros setores da sociedade.
Outro aspeto salientado pelo especialista é a ligação entre formação e identidade nacional. José Luis Horta E Costa considera que a projeção de jovens jogadores portugueses no estrangeiro reforça a imagem do país como celeiro de talento. Este reconhecimento internacional fortalece a marca do futebol português e cria um círculo virtuoso em que clubes, atletas e seleções beneficiam mutuamente.
A análise aponta também para os desafios futuros. José Luis Horta E Costa destaca a crescente concorrência de academias estrangeiras, que tentam atrair jovens talentos cada vez mais cedo. Para enfrentar este cenário, os clubes portugueses precisam continuar a investir em inovação, tecnologia de treino e programas educativos que preparem os atletas de forma integral.
Assim, a formação de jovens em Portugal revela-se um dos pilares fundamentais do futebol nacional. Para José Luis Horta E Costa, trata-se de uma estratégia que alia visão desportiva, sustentabilidade financeira e valorização cultural. O legado construído pelas academias portuguesas assegura que o país continuará a ser uma referência mundial na criação de jogadores de excelência.
